Salve Povo do BEN!
Numa relax, numa tranquila, numa boa?
É o seguinte, todas as quartas eu e MC Cubanito montamos um sistema de som no Estudio da Carne para tocar música brasileira e cubana no bom e velho chiado do vinil. A idéia partiu do Cubanito que recentemente trouxe de Cuba uma centena de LPs de salsa, son, mambo, guajira e outros ritmos cubanos e estava na pilha de tocar estes sons para a galera conhecer um pouco mais da cultura e musicalidade de seu país.
Depois de uma estréia bem legal e com um sistema de som bem precário, lembrei da história do primeiro DJ brasileiro, Osvaldo Pereira, que no final da década de 1950, construiu um sistema de som com pouco mais de 100 watts de potência e com um toca-discos dinamarquês da marca Torris, começou a fazer som em aniversários e casamentos no bairro de Vila Guilherme, zona norte de São Paulo. Um ano depois negociou com o proprietário do Clube 220 o empréstimo do salão aos domingos. A idéia parecia boa para ambos, já que o salão não funcionava naquele dia e Osvaldo prometia um baile bem mais barato que o habitual, já que não gastaria com músicos.
As pessoas que iam chegando não entendiam direito como um som tão potente saía da vitrolinha. Tinha gente que subia no palco para ver. Às vezes, ele ficava escondido num cantinho ou deixava a cortina fechada. Aquele sonzão todo e nenhum músico, o pessoal ficava meio assim. Daí um primo do Osvaldo deu a idéia de divulgar que os bailes eram animados pela orquestra invisível, porque ninguém via direito de onde vinha o som. Ali nascia, ainda que sem querer, o esboço do que viriam a ser, nos anos de 1970, as equipes de baile. Osvaldo foi o primeiro a sustentar um baile num salão chique da cidade sem uma orquestra.
Então em homenagem ao primeiro DJ brasileiro nos montamos o Systema Sonoro Malaquito y su Orchestra Invisible.
No mais... aquele abrAÇO e #espalheapalavra
Yuga
quarta-feira, 9 de junho de 2010
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