segunda-feira, 6 de abril de 2009

Black Sonora – Misturando e preservando a memória

Salve Povo do BEN!

Numa relax, numa tranquila, numa boa???

Saiu uma matéria muito bacana no site GIG 99 na seção Nova Ordem Musical sobre o Black Sonora, confira aí...



Bem antes do GIG 99 entrar no ar eu já venha garimpando a internet atrás de artistas novos e/ou independentes para divulgar na seção Nova Ordem Musical. E, com essa experiência, posso afirmo que a banda mineira Black Sonora é uma pepita reluzente até para ouvidos menos treinados. Quando ouvi o som, que você pode conferir também no fim deste artigo, fiquei imaginando o poder contido na divulgação massiva que apedreja nossos ouvidos a todo instante com “músicos” e “bandas” que, se dependessem apenas de seu próprio talento, nunca seriam conhecidos além das fronteiras de suas garagens e priva o grande público de idéias sonoras inteligente e bem executadas.

Em seu release oficial o grupo afirma que o objetivo é somar, experimentar e influenciar o meio. E eu endosso! Os caras não estão pra brincadeira quando dizem que querem somar e experimentar. O grupo segue um caminho muito interessante e pouquíssimo explorado no Brasil, que é lançar mão de elementos da música latina, com letras que, segundo a própria banda, “…rima mineiro com cubano…” e percussões ajustadas de maneira inteligente nos arranjos das canções que, em sua maioria, deixam claro como vidro que a rapaziada cresceu ouvindo música black da melhor qualidade.

Se eu fosse listar todos os momentos marcantes da carreira do Black Sonora, esse artigo teria que ser dividido em capítulos, como um livro. Mas não posso deixar de citar as várias participações em festivais de grande relevância como o FAN (Festival de Arte Negra) e o FIT (Festival Internacional de Teatro), a classificação no Conexão Tlemig Celular de Música com a canção Poesia Urbana, que também levou o primeiro prêmio no Festival de Música de Belo Horizonte. Ah sim, e não é permitido esquecer que já dividiram o palco com os mestres do Funk Como lê Gusta, ocasião em que o trompetista Reginaldo 16 deu canja com o Black Sonora. Pra mim, esse prêmio vale mais que qualquer festival.

Mas chega de falar deles e vamos falar do som que eles fazem. Isso eu posso resumir em poucas palavras. Lembram do objetivo do grupo descrito no release? Somar e experimentar? Então, peguem sou, samba, funk, música latina, hip hop, reggae e mais uma dúzia de ritmos de origem negra e batam tudo num liquidificador. O resultado será a massa sonora homogênea e agradável que o Black Sonora traz em suas canções.

Também é verdade que existem milhares de bandas tão boas quanto essa perdidas por aí. Mas existe mais um fator que fez o Black Sonora conquistar esse humilde crítico. Se já não bastasse fazerem um som único, ainda inventaram de criar uma homenagem ao imortal Tim Maia. Criado em 2004, o projeto “Tributo ao Racional Tim Maia” resgata a obra de Tim enquanto estava ligado à Cultura Racional e lançou seus melhores álbuns (Tim Maia Racional Vol. 1 de 1974 e Tim Maia Racional Vol. 2 de 1975). O show conta sempre com a participação de outros artistas e bandas independentes como Júlia Ribas, o rapaer argentino Diamondog, Marku Ribas, Raquel Coutinho, Sérgio Pererê, BNegão, Tambor Mineiro e Trovão da Minas entre outros.

Veja o que outros críticos já escreveram sobre o Black Sonora:

“Faz uma espécie de funk com música cubana cheia de groove e suingue. Algo de novo acontece nas esquinas de Minas Gerais.”
Júlio Maria - Jornal da Tarde, São Paulo

“…o Black Sonora assume sua porção funksoulbrother com muito orgulho.” Rodrigo James é jornalista do programa de TV Auto Falante – Rede Minas

“…Black Sonora casa suingue, peso, sambafunk, eletrônica e o que mais fizer mexer as cadeiras.” Daniel Barbosa é músico, produtor e jornalista jornal O Tempo

Bom, é isso! Black Sonora, som de qualidade, músicos excelentes e mentes inteligentes que, além de sofrer a influência, usa seu trabalho como forma de homenagear um dos maior nome da música brasileira e, sem dúvida, o maior de todos entre os que contribuíram para o surgimento de uma identidade no soul nacional. Esteja onde estiver, creio que estará satisfeito vendo que, apesar de ter saído da estrada, seu caminho continua sendo trilhado e sua memória preservada.


No mais... aquele abrAÇO e espalhe a palavra

Yuga

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